No Orçamento Geral do Estado (OGE) para este ano o Governo inscreve uma previsão de receitas com base na exportação do petróleo a 45 dólares por barril, cotação que até Abril se manteve à volta dos 30 dólares.
Como o próprio ministro admite, por situações "momentâneas", como problemas no Canadá e na Nigéria, a oferta reduziu-se e ainda hoje o barril de Brent, para entrega em Julho, abriu em alta no mercado de futuros de Londres, a valer 49,14 dólares, mais 0,67% do que no fecho da sessão anterior.
"Poderá eventualmente mitigar temporariamente a situação em que nós nos encontramos", admitiu na quinta-feira o ministro dos Petróleos angolano, à margem de uma reunião de trabalho em Luanda com uma delegação governamental do Botswana, comentando as previsões de especialistas, que apontam para o barril de crude a situar-se nos 50 dólares no segundo semestre deste ano.
"Seria extremamente importante que a situação pudesse ser mantida, no sentido de vermos o petróleo a subir a um nível satisfatório", disse ainda Botelho de Vasconcelos.
De acordo com dados do Ministério das Finanças, Angola exportou nos três primeiros meses do ano 160.115.293 milhões de barris de crude, a um preço médio de 31,66 dólares, o que terá representado uma facturação global de 5.069 milhões de dólares.
Contudo, no OGE de 2016, o Governo estimava a exportação de petróleo ao preço médio de 45 dólares por barril, o que representaria uma facturação global em três meses - com a produção em linha com o esperado - superior a 7.200 milhões de dólares.
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