Por enquanto, não é um cenário que esteja a ser planeado, mas continua a ser uma opção à qual é possível recorrer. Caso o Banco Espírito Santo (BES) não consiga sair sozinho da situação em que se encontra, o Estado poderá intervir para o salvar, mas não nos moldes em que atuou no BPI, Banif e BCP.
Segundo o Jornal de Negócios, as novas regras europeias de ajudas de Estado obrigam a que, antes da intervenção do poder central, a instituição bancária tente encontrar outras soluções privadas: aumento de capital, conversão voluntária de dívida subordinada em capital, exercícios de otimização de passivos, titularização de dívidas e/ou venda de ativos.
Assim, para evitar uma participação do Estado na instituição, os acionistas e detentores de dívida subordinada são obrigados a participar ativamente na salvação do banco. Se tal não acontecer e o Estado intervier, estes perderão todos os investimentos.
Caso se chegue a este ponto, o Estado tomará conta do banco para, depois da reestruturação, o privatizar. Para tal, estima o Royal Bank of Scotland, serão necessários entre mil milhões a 10 mil milhões de euros.
Recorde-se que o Executivo de Pedro Passos Coelho tem ainda na 'manga' 6,4 mil milhões de euros provenientes da troika.
Lusa