Os dados constam da folha de informação rápida sobre comércio externo relativo ao segundo trimestre de 2018, elaborado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), consultado hoje pela Lusa. O documento confirma que Portugal voltou a ultrapassar a China (importações angolanas), com um volume de negócios que se ficou pelos 85.044 milhões de kwanzas (294 milhões de euros, à taxa de câmbio de então).
No trimestre anterior (janeiro a março), a China liderou entre os países que mais venderam a Angola, num volume total de 105.500 milhões de kwanzas(399 milhões de euros, à taxa de câmbio de então), tendo destronado, na ocasião, Portugal do primeiro lugar.
O documento do INE angolano refere que Portugal atingiu uma quota de 17,5% de todas as importações angolanas.
A China, que viu as compras angolanas caírem 19,4% do primeiro para o segundo trimestre de 2018, representa agora uma quota de 11,5% do volume total importado por Angola.
Durante o período analisado pelo INE, o Reino Unido viu o seu volume de importações crescer 7,3 vezes, tornando-se assim o terceiro principal país fornecedor de Angola.
No segundo trimestre, as importações de origem britânica alcançaram os 62.613 milhões de kwanzas (216 milhões de euros, à taxa de câmbio de então), um aumento de 631,3% face aos 8.562 milhões de kwanzas (29 milhões de euros, à taxa de câmbio de então).
No plano inverso, a China reforçou a posição de maior comprador de Angola, com uma quota de 57,9% das exportações angolanas no período analisado (essencialmente petróleo). Traduz-se em vendas globais de 1,363 biliões de kwanzas (4.718 milhões de euros, à taxa de câmbio de então), um crescimento superior, em valor, a 24%, face às compras realizadas pela China no primeiro trimestre de 2018.
O petróleo bruto representou um peso de 96,1% de todas as exportações angolanas no segundo trimestre de 2018.
Portugal foi apenas o oitavo destino das exportações angolanas, representando um volume de negócios de 55.498 milhões de kwanzas (192 milhões de euros, à taxa de câmbio da então), com um aumento de 1,8% face ao trimestre anterior, mas ainda assim uma quota de apenas 2,4%.
Globalmente, as exportações angolanas aumentaram 18,5% no segundo trimestre, para um volume de negócios total de 2,356 biliões de kwanzas (8.156 milhões de euros, à taxa de câmbio de então), acompanhando o aumento das importações, que também cresceram, 20,5%, para 737.945 milhões de kwanzas (2.554 milhões de euros, à taxa de câmbio de então).
Durante segundo trimestre de 2018, a balança comercial de Angola, incluindo reimportações e reexportações, registou um saldo positivo superior a 1,618 biliões de kwanzas (5.600 milhões de euros), um aumento superior a 17% face ao período anterior.