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Quarta, 27 Junho 2018 20:48

Título de Doutor honoris causa ao eng. Dos santos: seria um acto de gratidão - Austral

O Eng. dos Santos é um líder cuja admiração já transpôs fronteiras, um presidente que em Países do primeiro mundo, já lhe teria sido legado um título de Doutor Honoris causis, os seus feitos e causas por que lutou e sacrificou, são fenómenos de honra para os angolanos de toda expressão, fenómenos cujo impacto é universal no que concerne aos interesses da humanidade: “a paz e a reconciliação nacional”. 

Por João Henrique Hungulo

O Excelentíssimo Senhor Eng. dos Santos foi durante muitos anos o epicentro decisivo das maiores realizações do País, desde o fim de uma era assentada no palco de conflitos, armadilhados por centenas de circunstâncias entrepostas na vontade de interesses estrangeiros de potencias bélicas cujo teor é imenso no cerne do mundo.

Dos Santos teve uma missão de valor imensurável, seu forte impacto fez do perdão e da reconciliação nacional a pedra angular para a unidade nacional; entre irmãos do mesmo sangue e da mesma pátria, que durante muitos anos, odiaram – se, perseguiram – se, cuspiram – se, blasfemaram – se, assassinaram – se, etc…

Dos Santos representou um valor de consciência na esfera angolana, valor de consenso e de equilíbrio entre angolanos de raça, origem, tribo, folclore, língua, tradição e cultura. O título de Doutor Honoris causa, abreviado como h.c., é uma locução latina (em português: por causa de honra) usada em títulos honoríficos concedidos por universidades a pessoas eminentes, que não necessariamente sejam portadoras de um diploma universitário mas que se tenham destacado em determinada área (artes, ciências, política, filosofia, letras, promoção da paz, de causas humanitárias etc.), por sua boa reputação, virtude, mérito ou acções de serviço que transcendam famílias, pessoas ou instituições ou mesmo o País. O Eng. dos Santos, foi para além desse cenário todo, foi a seu tempo a preocupação permanente para a resolução das maiores aspirações angolanas, fez renascer uma Angola algemadas nos escombros e no abismo, não há como deixá – lo debalde sem tal título, aliás, Universidades de natureza angolana, sul – africana ou namibiana, já, deveriam tê – lo honrado com um título desta natureza, não o fazendo, fazem o rosto do auge da expressão da ingratidão, em virtudes de feitos deixados por essa personalidade de dimensão universal, cuja índole, nem o ferro conseguirá matar, nem o fogo um dia conseguirá queimar.

Se uma ciência puramente utilitária é em certo aspecto a negação da própria ciência, o saber pelo saber, o gosto ou vaidade do conhecimento, encerrado na cândida torre da contemplação de si mesmo, sem ligação ou interesse pela vida dos homens e dos povos, à força de egoísta, também não seria humano. Daqui, para a ciência e para o ensino da história dos países como Angola, África do Sul e Namíbia e demais, dos Santos, representa o imperativo de um sentido social do aprendizado do passado como legado de contributo essencial para a emancipação dos povos africanos de África - Austral.

Dos Santos se constitui num valor inegável para a clareza da história na vida das sociedades de África – Austral, assim como para os indivíduos, o conhecimento da história de seus países, conhecimentos da ciência e das suas leis não é possível deduzir as regras de conduta impostas à consciência humana. Finalmente, outro imperativo para a governação angolana, ser essencialmente moral e consciente para o hoje e o amanhã de Angola, é o reconhecer necessário dos caminhos espinhosos pelos quais o Pais trilhou, não por vontade egoísta, mas por vontade da honra merecida àqueles que por este País sacrificaram sua juventude ou suas vidas, pois que, nunca havemos de ter um futuro próspero e brilhante num País, se fizermos da história um legado colocado no desespero ou enterrado no ermo do silêncio e do exílio. A maior grandeza de uma nação é o seu próprio passado, seja este bom ou mau, ainda assim, é sua memória essencial para que com esta possa aprender a não cometer os mesmos tropeço do passado.

Dos Santos manteve – se fiel aos interesses da Pátria, as suas determinações, buscando incessantemente a harmonia da autoridade do Estado e do bem dos cidadãos angolanos, o ponto de coincidência da fidelidade aos nossos destinos nacionais e da prosperidade de todas as outras nações de África - Austral. É certo haver valores absolutos na vida a que tudo mais se subordina e deve sacrificar, e alguns desses chamam - se dignidade da Nação, a liberdade e independência, a integridade territorial que é a própria razão de ser da família angolana; mas não sei que alguma nação as desconheça ou alguma ambição as cobice, nem que construção se haveria de fazer sobre o desprezo de realidades tão vivas e consagradas pelo tempo e pelo esforço das gerações; dos Santos é um ser que nem o tempo, nem mesmo a história por mais que seja árdua a força da humanidade para negligenciá – lo, não será nunca possível tal facto, porque, sem Ele, Angola jamais teria a sorte de encontrar – se com os novos tempos, todo o passado do País teve infiltrado nas suas boas intenções, no entanto, doravante a história a ser escrita terá sempre à timbrar o seu nome como valor central do passado e de causa honrada.

Não tenhamos ambição demais pelo valor que dos Santos consagra para a causa do País!

Tenhamos fé na lealdade própria e alheia, na ordem, no trabalho, na serenidade e seriedade com que dos Santos encarou os problemas do passado e acudiu às dificuldades.

Confiemos sobretudo, mais que na força das armas que se calaram pelo seu imenso sacrifício, na coesa e firme unidade nacional que nos deu como legado, no profundo e vivo amor à terra angolana que dos Santos teve enquanto líder de todos os tempos, naqueles altos exemplos que deixou para o País, valores da nossa história e ideais da nossa civilização angolana construída com seu eterno sacrifício de Pai de todos os angolanos.

Ser – nos- ia certo, se, de facto, universidades de África – austral, fossem gratas ao honrá – lo com título de doutor honoris causis, pela paz na região, pelo equilíbrio geopolítico da região e sobretudo pelo fim da segregação racial na namíbia e na África do Sul.
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