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Sexta, 11 Mai 2018 19:51

Petróleo pode voltar a US$ 100 o barril em 2019, diz Bank of America

Londres - Os preços do petróleo podem subir para US$ 100 no ano que vem, nível não registrado desde 2014, devido à possibilidade de os riscos à oferta na Venezuela e no Irã pressionarem os mercados internacionais, segundo o Bank of America.

Relatório do banco afirma que riscos à oferta na Venezuela e Irã pressionam os mercados internacionais

Os futuros do petróleo Brent, negociados em cerca de US$ 77nesta quinta-feira, deverão atingir a casa dos US$ 90 no segundo trimestre de 2019 devido ao encolhimento dos estoques internacionais, afirma o banco. Como essa visão depende de a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) conseguir reanimar a produção e do impacto limitado das sanções dos EUA no Irã, os preços poderiam subir ainda mais, afirma o banco, o primeiro de Wall Street a sugerir um retorno ao patamar de US$ 100.

O petróleo subiu e atingiu o maior nível em três anos porque a decisão do presidente dos EUA, Donald Trump, de reaplicar sanções ao Irã ameaça restringir um mercado já consumido pela forte demanda, pelos cortes de produção da Opep e pela perda não planejada de oferta na Venezuela, país produtor que enfrenta problemas.

“Analisando os próximos 18 meses, esperamos pressão sobre o equilíbrio global entre oferta e demanda de petróleo”, disse Francisco Blanch, chefe de pesquisa de commodities do Bank of America Merrill Lynch em Nova York, em relatório.

Outros bancos de Wall Street mantêm perspectivas otimistas para o petróleo, mas nem de perto tão elevadas quanto as do Bank of America.

O Goldman Sachs Group prevê que o barril de petróleo Brent subirá para US$ 82,50 nos próximos meses, e afirma que existe uma chance de os preços superarem esse nível, mas também projeta que o petróleo voltará a cair em 2019.

Em abril a Fitch manteve o 'rating' da dívida soberana de Angola no nível 'B', abaixo da escala de investimento, ou 'lixo', melhorando a perspetiva de "Negativa" para "Estável", face à subida da cotação do petróleo e apoio do FMI.

A Fitch acrescentava que as perspetivas de recuperação económica de Angola "melhoraram significativamente" em consequência da subida do preço do petróleo, mas também com "os ajustamentos monetários e fiscais" em curso por parte do Governo liderado pelo Presidente João Lourenço.

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