Fernando Teles, que falava numa conferência de imprensa para a apresentação dos resultados do exercício de 2017, deteve-se numa abordagem sobre o crédito malparado ligado a titulares de cargos políticos, para revelar a operação de penhora.
“Ontem, uma equipa do banco e do tribunal penhorou três aviões, por existir um crédito que não estava a ser pago”, declarou Fernando Teles, negando revelar a identidade dos devedores e a eventual designação da companhia servida pelos aparelhos.
O presidente do BIC precisou que a companhia aérea já tinha vendido um dos aviões e que dois outros foram encontrados parcialmente desmanchados, mas que o mandato foi cumprido.
Fernando Teles advertiu os clientes que detêm cargos públicos e que, nessa condição, consideram improváveis quaisquer reivindicações do BIC sobre empréstimos não reembolsados, afirmando que os tribunais adoptaram novos procedimentos e que, no caso desta penhora, chegaram a ser céleres.
“Felizmente os tribunais já começam a funcionar nas notificações de casos, o que é positivo para a banca e a credibilidade do país”, declarou, considerando que o BIC “não tem prazer nenhum” em levar “pessoas com influência no país” à justiça.
A imperiosidade desses processos, acrescentou, é explicada por o malparado do BIC, apesar de estar a crescer a um ritmo inferior ao da média da banca, estar situado em 200 milhões de dólares. JA