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Domingo, 10 Julho 2016 23:11

Euro2016: Portugal é campeão da Europa!

[1-0] Portugal vence o fado, vence a história e cumpre o sonho luso

Heróis do mar, nobre povo, nação valente e imortal. Jogadores fizeram jus ao hino e foram estóicos. Portugal, entre ventos e marés, sagrou-se neste domingo, pela primeira vez, campeão europeu de futebol.

No Stade de France, um golo de Éder, no prolongamento, deu o primeiro título europeu ao futebol português. Cristiano Ronaldo saiu na primeira parte lesionado, mas mesmo no banco de suplentes foi um autêntico líder. Está vingada a final de 2004, que nos escapou em Lisboa. Portugal é CAMPEÃO DA EUROPA!

No Stade de France, um golo de Éder, no prolongamento, deu o primeiro título europeu ao futebol português. Cristiano Ronaldo saiu na primeira parte lesionado, mas mesmo no banco de suplentes foi um autêntico líder. Está vingada a final de 2004, que nos escapou em Lisboa. Portugal é CAMPEÃO DA EUROPA!Crónica do encontro: Contra a história, contra os críticos, contra os monstros que tanto nos assustaram tantas vezes, que tanta vezes nos tiraram da rota dos títulos. Portugal cumpriu-se, Portugal é Campeão Europeu, e há um homem, sobretudo, acima de todos, a quem devemos este momento: Fernando Santos.

Para lá dos salários milionários, para lá da força do favoritismo alheio, para lá de todas as dúvidas, o Engenheiro acreditou sempre, marcou a data no calendário e vem de França, após sete jogos, três vitórias e quatro empates, com o título, aquele que sempre nos escapou, aquele que hoje é nosso.

Mas, para lá do óbvio, para lá do momento que faz dos homens heróis, para lá da fé e do fado, há que dar os parabéns a todos os nossos novos cavaleiros.

Pequeninos, ignorados, espalhados mundos fora, os portugueses acordarão amanhã com alma renovada, com os medos do dia-a-dia destapados por um sol que se vai erguer, de novo, mas a sorrir-nos. O futebol pode ser só futebol, mas é um reino de emoções que tem o condão de nos unir, de nos fazer esquecer as dores e levantar a cabeça ou limpar as lágrimas dos olhos.

Portugal é campeão europeu. Hoje, neste domingo 10 de julho, vencemos os franceses, em casa alheia, e terminámos como uma maldição que precisava de ser quebrada. Mas vamos ao filme do jogo.

Se os primeiros minutos começaram mal, com Cristiano Ronaldo a lesionar-se logo aos nove minutos de jogo, após entrada dura de Payet, tendo de sair aos 25 minutos, a equipa portuguesa soube segurar-se no nulo durante os primeiros 45 minutos.

Numa primeira parte que teve muita França para pouco Portugal, foi essencial a estratégia portuguesa de manter o marcador como no primeiro minuto. Esforço, personalidade, critério, disciplina, foram palavras essenciais para aguentar o resultado e manter a esperança viva.

No segundo tempo, muitas mais emoções. Um bola no poste, já nos minutos de desconto, ia deitando por terra o sonho que Patrício tantas vezes defendeu com os punhos. Era Patrício na sua baliza e Lloris na área contrária. Um pontapé bicicleta de Quaresma parou nas mãos do guardião francês depois de um centro de Nani o ter quase traído.

Quase como sina da presença lusa em França, o nulo chegou nos 90 minutos. França esteve quase sempre por cima; Portugal aguentou-se para se cumprir. Atirou quando tinha de atirar, defendeu quando tinha defender. Jogou feio, fez bonito, foi patinho feio e empurrou a decisão para o prolongamento.

Nos minutos seguintes, as equipas esfriaram as emoções loucas com que viveram o final dos minutos regulamentares. A tática parecia novamente imperar. As forças já faltavam e os franceses, pouco a pouco, mas sem grandes argumentos ameaçavam aquilo que Portugal iria cumprir ao minuto 109.

Éder, preterido em grande parte dos grandes encontros da seleção, o único ponta-de-lança de raiz levado a França por Fernando Santos, fez o que parecia sonho e se tornou realidade. Recebeu a bola, fintou, olhou para a baliza e viu o caminho para a glória. Éder, o injustiçado, o desperdiçador, o patinho feio, fez-se herói e deu razão a Fernando Santos.

A partir daí, sina portuguesa. Sofrer! Sofrer! Sofrer! Se nos corações de 11 milhões de portugueses batia o desejo da glória, na cabeça dos jogadores lusos mantinha-se viva a convicção de que o momento era nosso. Como espartanos, em minoria, com os franceses já com pouca cabeça, os lusos souberam manter o resultado. Cumpriu-se o sonho e não foi precisa a lotaria das grandes penalidades! 120 minutos depois das dúvidas e do enxovalho, Portugal mostra-se ao Mundo e o Caneco que nos escapou há 12 anos é hoje nosso!

Somos campeões Europeus. Obrigado Engenheiro!

Melhor em campo: Éder, quem mais. O avançado luso entrou aos 79 minutos e deve ter feito levantar muitos sobrolhos. Porém, foi ele quem fez aos 109 minutos o golo que deu o título que Fernando Santos prometera. Se o avançado foi estrela maior da esquadra portuguesa, menção especial para Rui Patrício. O guardião luso foi uma verdadeira muralha e parou tudo o que tinha para parar. Ronaldo, claro, mesmo no banco, foi arma essencial para o sucesso e o que as palavras do capitão devem ter ecoado no balneário ao intervalo.

 

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