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Quinta, 16 Agosto 2018 19:09

Polícia Nacional preocupada com "tendência crescente da criminalidade"

O Comandante-Geral da Polícia Nacional angolana disse hoje, em Luanda, que o foco principal da atividade policial é "estancar a tendência crescente da criminalidade", através da prevenção, combate e neutralização destes comportamentos que atentam contra a ordem e tranquilidade.

Paulo de Almeida reuniu hoje, pela primeira vez desde que tomou posse no cargo a 02 deste mês, com os comandantes provinciais da Polícia Nacional.

A preocupação atual tem a ver com os crimes contra o património público, que constituem hoje, segundo Paulo de Almeida, "uma ameaça para o desenvolvimento do país".

Nos últimos tempos, são vários os casos da prática de furto e roubo de equipamentos públicos de natureza eletrotécnica, centrais de energia elétrica, cabines elétricas, postos de transformação de energia, linhas de condução de energia elétrica em pleno funcionamento, cabos elétricos, material ferroso e não ferroso, fundamentais para o processo de eletrificação em curso no país.

Na lista de vandalismo, protagonizado por cidadãos nacionais e estrangeiros, constam ainda o furto e roubo de materiais escolares, hospitalares e de sistemas de produção de água, entre outros, informou o Ministério do Interior.

O Comandante-geral da Polícia Nacional apelou aos seus colaboradores para redobrarem as capacidades operacionais para detetar este novo ?modus operandis' da criminalidade qualificada.

"Temos de melhorar a cobertura policial nos municípios, comunas, bairros ou centralidades. A nossa resposta tem de ser mais oportuna, a nossa prestação de serviço e atendimento ao cidadão tem que ser mais credível", frisou Paulo de Almeida.

Para a situação interna da polícia, Paulo de Almeida disse que tem constatado, "com desagrado", "excessos nas atuações de efetivos", o que deve ser corrigido.

"Temos, lamentavelmente, registado a participação de agentes, a distintos níveis, em atos criminais. Estes devem responder criminal e disciplinarmente e serem afastados da corporação", defendeu o Comandante-Geral da PN.

Aos órgãos de justiça angolanos, Paulo de Almeida apelou para que continuem a julgar de acordo com a lei e a sua consciência, que deve ser "patriótica, objetiva e realista", com vista a "não desencorajar ou enfraquecer os esforços daqueles que lutam pela manutenção da ordem e tranquilidades públicas".

"Muitos que hoje apoquentam a tranquilidade dos nossos concidadãos são pessoas que passaram várias vezes pelas nossas prisões. Temos que refletir sobre isso", exortou.

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