Archer Mangueira, que falava numa conferência de imprensa realizada hoje pela equipa económica do Governo de Angola para apresentação do Programa de Estabilização Macroeconómica para 2017-2018, respondia a uma questão colocada sobre se está a sr feita alguma investigação ao Fundo Soberano, na sequência de algumas denúncias sobre má gestão do mesmo.
O governante angolano frisou que como outras instituições, que foram criadas para salvaguardar investimentos do Estado e proteger futuras gerações, de acordo com determinada estratégia num dado momento, terá de ser revista a sua estratégia.
"Angola agora vive uma situação diferente sob ponto de vista da sua vida económica e financeira e essas instituições terão que necessariamente rever as suas estratégias e adequarem-se ao atual momento", disse.
Segundo Archer Mangueira, a perspetiva do executivo angolano é fazer aprovar ao longo do primeiro semestre de 2018 uma nova estratégia do Fundo Soberano de Angola, adequada ao novo contexto económico e financeiro que o país está a viver.
Em novembro deste ano, surgiram denúncias sobre o Fundo Soberano de Angola, liderado por José Filomeno dos Santos, filho do ex-Presidente angolano José Eduardo dos Santos, do recurso do fundo a paraísos fiscais, divulgadas através de documentos revelados pelo Consórcio Internacional de Jornalistas de Investigação (CIJI), no âmbito da investigação 'Paradise Papers'.
Em reação às notícias, o FSDEA, que gere ativos do Estado angolano de 5.000 milhões de dólares, garantiu que todas as operações que realiza são feitas de "forma legítima", ao abrigo dos "mais altos padrões regulatórios".