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Segunda, 12 Novembro 2018 11:51

Kwanza com ligeira desvalorização face ao euro e ao dólar

A moeda angolana desvalorizou hoje ligeiramente face à europeia e à norte-americana, ao ser transaccionada a 352,084 kwanzas/euro (contra 354,726 na última sessão) e 310,425 kwanzas/dólar (contra 310,428), indica o Banco Nacional de Angola (BNA).

Trata-se da terceira vez, não consecutiva, que o kwanza se aprecia frente ao euro e ao dólar em duas semanas, embora a moeda angolana já se tenha depreciado desde Janeiro deste ano 47,34% face à europeia (valia 195,40 kwanzas) e 44,55 em relação ao dólar (165,92 kwanzas).

No mercado paralelo, a moeda europeia está a transaccionar-se entre os 440 e 460 kwanzas/euro e a norte-americana entre os 380 e 400 kwanzas/dólar.

Acabadas as sessões de venda trissemanais de divisas em leilão aos bancos comerciais, iniciadas a 09 de Janeiro último, o BNA está desde 01 deste mês a proceder a operações diárias, tendo indicado que, em Novembro, pretende colocar no mercado primário 850 milhões de dólares (732,75 milhões de euros).

Antes, em Setembro, o BNA anunciou que, a partir de 01 de Outubro, deixaria de proceder à venda directa de divisas, pelo que as solicitações de compra de moeda estrangeira voltaram a ser unicamente apresentadas aos bancos comerciais autorizados.

Na ocasião, o BNA referiu ter, no âmbito da normalização do funcionamento do mercado cambial, retomado a venda de moeda estrangeira nos leilões de divisas sem indicação específica das operações ou importadores para os quais os fundos devem ser vendidos pelos bancos comerciais.

Segundo o BNA, o sistema ajustado de vendas diretas permitiu que o banco central angolano tivesse um entendimento mais preciso da metodologia necessária para a proteção das reservas internacionais e emitisse regulamentação e orientações aos bancos comerciais adaptados a esse objectivo.

Com esse sistema, o BNA assegurou ainda a alocação imparcial das divisas no pagamento dos atrasados e a atenuação das percepções negativas dos clientes sobre os critérios de selecção dos beneficiários aplicados pelos bancos comerciais.

O BNA entende agora que, após o período de maior intervenção, com o mercado cambial actualmente mais bem regulamentado e com maior regularidade na oferta de moeda estrangeira, estavam criadas as condições para que sejam novamente os bancos comerciais a realizarem a alocação de moeda estrangeira aos seus clientes.

No exercício das suas responsabilidades de supervisor e de autoridade cambial, o BNA comprometeu-se a trabalhar junto das instituições financeiras, para que esta transição seja bem-sucedida e ocorra sem quaisquer impactos negativos na actividade económica do país.

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