A advertência foi feita ontem, em Luanda, pelo comandante-geral da Polícia Nacional, comissário-geral, Paulo de Almeida, durante um encontro com representantes de diferentes organismos de diversos departamentos ministeriais, que fazem parte da “Operação Resgate”.
O comandante-geral da Polícia Nacional lembrou que os agentes não estão orientados a receber o negócio ou os bens dos cidadãos, apelando aos cidadãos para denunciarem às autoridades os supostos casos de excessos por parte dos efectivos. Paulo de Almeida lembrou que a “Operação Resgate” visa combater algumas incivilidades, anarquias, desordem pública, ilegalidades e acções criminais, com a finalidade de resgatar os bons costumes, ética, disciplina, respeito ao próximo, à lei, à preservação da saúde, da cultura, da harmonia e da paz.
De acordo com a mais alta patente da Polícia Nacional, a desordem e a falta de respeito que se verificam nas cidades e vilas foram causadas pelo espírito de deixa andar, negligência, corrupção, nepotismo e liberalismo. Lembrou que só num ambiente de justiça, ordem, respeito à lei e ao homem, se pode ter estabilidade e progresso para vencer os problemas que o país enfrenta.
O comissário-geral en-tende que a “Operação Resgate” vai permitir “sacudir os comportamentos negativos” que se verificam em algumas administrações, como a excessiva burocracia, permanência de documentos, requerimentos sem respostas, o suborno, a extorsão e acções que dificultam a legalização oportuna de vários agentes e serviços.
Para o comandante-geral da Polícia Nacional, Paulo de Almeida, “chegou a altura de se começar a ver uma Angola diferente, organizada, limpa e segura”.