Engrácia Borges Mouzinho, que falava durante o acto central do Dia Nacional da Prevenção do Cancro da Mama, realçou que o Ministério da Saúde tem como plano estratégico, a criação de um projecto piloto a nível do Instituto Angolano de Controlo do Cancro para promover a formação de quadros especializados no tratamento da doença e acompanhamento aos centros regionais do país.
Mateus Guilherme Miguel, presidente do Conselho Nacional de Especialização e Pós-Graduação, ao fazer a “Abordagem Multidisciplinar do Cancro da Mama”, referiu que esta doença representa um desafio para o futuro mundial, a julgar pelo surgimento de novos casos todos anos.
O académico disse que como o cancro é uma doença que envolve o crescimento celular anormal, com potencial para invadir e espalhar-se para outras partes do corpo, o seu tratamento merece a atenção redobrada de uma equipa de especialistas.
O presidente do Conselho Nacional de Especialização e pós-Graduação, afecto ao Ministério da Saúde, disse que o país tem défice de especialistas no tratamento e diagnósticos lhe falta e mamógrafos, aparelho para exames detalhados, que existe apenas em Luanda. Mateus Guilherme Miguel disse que para que o tratamento do cancro da mama ser eficaz, a paciente deve ser acompanhada de boas práticas, o que constitui um estímulo, bem como uma orientação clínica de qualidade.
Em sua opinião, o Estado deve registar o nú-mero de especialistas que trabalham no país, entre nacionais e estrangeiros, identificar as áreas com maior prevalência da doença, no sentido de projectar a formação de quadros, de acordo a realidade angolana.
A estratégia, de acordo com o académico, passa por identificar as instituições que devem proceder à formação de quadros e dotar estas com es-pecialistas que possam transmitir conhecimentos com qualidade.