Terça, 23 de Abril de 2024
Follow Us

Terça, 23 Outubro 2018 15:19

Isabel dos Santos refere que a sua participação na Galp “não está à venda”

A empresária Isabel dos Santos declarou ontem ao Jornal de Angola que a posição que detém na petrolífera portuguesa Galp “não está à venda”, minimizando as notícias que sábado lhe atribuíram a disponibilidade de ceder esses activos à Sonangol.

A participação de Isabel dos Santos na Galp é indirecta: a empresária detém 40 por cento da Esperaza, uma empresa controlada em 60 por cento pela Sonangol e que  possui 45 por cento do capital da Amorim Energia, uma parceria que, depois, detém uma posição de 33,34 por cento na petrolífera portuguesa.

Ao todo, os capitais angolanos representam 15 cento da Galp ou cerca de 2,2 mil milhões de euros (768.354 milhões de kwanzas). A empresária afirmou que, além da posição accionista na Galp não estar à venda, nunca foi contactada pela Sonangol para a negociar, mas revelou ter conhecimento de que “há empresas americanas interessadas em comprar a posição” e que têm demonstrado isso mesmo.

Isabel dos Santos também declarou ter pago os 70 milhões de dólares de uma dívida contraída quando a petrolífera estatal angolana avançou esse capital para que a empresária pudesse assegurar a participação na multinacional portuguesa. Lamentou que, em Fevereiro, a Sonangol negasse reconhecer esse pagamento, alegando uma manobra em que o presidente do Conselho de Administração da companhia estatal angolana, Carlos Saturnino, “mandou devolver o dinheiro e dizer que a Sonangol nunca recebeu”.  

“A dívida equivalente a 70 milhões de dólares foi totalmente paga e a Sonangol enviou uma carta a reconhecer que recebeu o dinheiro na sua conta bancária (com extracto) e que aceitou o pagamento”, afirmou, indagada por este jornal. Isabel dos Santos sublinhou que, no acordo, a data estipulada para o pagamento da dívida era Dezembro de 2017, mas que, em Julho daquele ano foi acordado entre partes o pagamento antecipado, o que veio a acontecer há um ano, em Outubro.

A empresária disse esperar que, na solução desse diferendo, “prevaleça o bom senso e que não impere o espírito de vingança pessoal”, uma conduta, em diversas ocasiões neste contacto, atribuída a Carlos Saturnino. A Sonangol recusou comentar estas informações.

Rate this item
(0 votes)