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Segunda, 01 Outubro 2018 20:50

MPLA lamenta morte de Ambrósio Lukoki, "referência do nacionalismo angolano"

O MPLA lamentou a morte, hoje, por doença, de um dos seus "históricos", Ambrósio Lukoki "Nzakimwena", 77 anos, que era embaixador de Angola na Tanzânia, considerando-o "referência do nacionalismo angolano".

Num comunicado, o Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA, no poder desde a independência, em 1975), indica ter sido com "muita tristeza" que tomou conhecimento da morte de "Nzakimwena", que esteve envolvido desde a primeira hora na luta de libertação nacional.

"Referência do nacionalismo angolano, combatente da primeira hora, militante coerente e defensor dos princípios do Partido, o camarada Ambrósio Lukoki integrou o Comité Central, saído da célebre Conferência Inter-Regional de Militantes do MPLA, realizada de 12 a 20 de setembro de 1974, na província do Moxico, que, com poderes deliberativos, reviu e atualizou o Programa e os Estatutos do Movimento, ratificou a proclamação das FAPLA e aprovou uma nova estrutura de Direção, consentânea à nova fase de luta do povo angolano", lê-se no documento.

Segundo o comunicado, na estrutura do MPLA, Lukoki desempenhou "funções de relevo", entre elas as de representante no Egito, no Médio Oriente e na Organização de Solidariedade para com os Povos da Ásia, África e América (OSPAA).

Antes da independência, Lukoki esteve na Frente Leste (3.ª Região Político-Militar), foi coordenador do Departamento de Educação, Cultura e Desportos, diretor do Centro Escolar Augusto Ngangula e coordenador dos Serviços de Alfabetização.

"Após a proclamação da independência nacional, foi membro do Bureau Político [BP] do MPLA, do seu Comité Central e secretário do BP para a Esfera Ideológica e para a Informação, tendo, no aparelho do Estado, exercido as funções de comissário provincial (governador) do Uíge, de ministro da Educação e as de embaixador extraordinário e plenipotenciário de Angola em França e na Tanzânia, cargo que exerceu até à data da sua morte", lembra o partido.

"Nesta hora de dor e de luto, o Bureau Político do MPLA inclina-se perante a memória de tão ilustre patriota e, em nome dos militantes, simpatizantes e amigos do partido, endereça à família enlutada os seus sentimentos de pesar", acrescenta o comunicado.

O histórico militante do MPLA morreu hoje numa clínica em Luanda, tendo sido um dos "históricos" nacionalistas angolanos que se manifestou contra a continuidade do ex-Presidente angolano José Eduardo dos Santos na liderança do partido no poder em Angola.

Fontes da família indicaram que Lukoki se encontrava doente há algum tempo.

Em novembro de 2017, já depois de João Lourenço ter sido eleito presidente do MPLA nas presidenciais de agosto desse ano, "Nzakimwena" convocou a imprensa para apelar à saída de Eduardo dos Santos da liderança do partido.

Em 2016, ainda no regime de Eduardo dos Santos, o político solicitou a retirada do seu nome da lista candidata ao Comité Central no congresso ordinário do MPLA.

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