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Quinta, 13 Setembro 2018 23:38

PGR pede ação a magistrados por estarem criadas condições que até há pouco não havia

O procurador-geral da República de Angola pediu mudança de atitude dos magistrados, na sua forma de agir sobre factos criminais, porque já estão criadas as condições para sua ação, que "até há pouco tempo não havia".

Hélder Pitta Grós falava aos jornalistas no final de uma visita de trabalho que realizou à província angolana do Namibe, no litoral sul de Angola, depois de se deslocado igualmente à Huíla, terça e quarta-feira.

"É necessário também que os próprios magistrados mudem a sua atitude, a sua forma de agir, em relação aos factos. Até há pouco tempo não havia condições para que eles agissem, agora as condições estão criadas e também é obrigação deles mudarem a sua atitude", disse Hélder Pitta Grós.

O magistrado referiu-se ainda ao caso de tentativa de burla ao Estado angolano em 50 mil milhões de dólares, que, segundo indicou, "está em tribunal".

"O tribunal já está a trabalhar, foi feita a instrução contraditória, penso eu já ter terminado, e estamos a aguardar que, a qualquer momento, o tribunal possa pronunciar, ou não, todos aqueles que estão envolvidos nisso", informou o Procurador-Geral da República de Angola.

Em causa está o caso conhecido por "burla tailandesa", que envolve 11 cidadãos suspeitos, nacionais e estrangeiros, aos quais são imputados os crimes de falsificação de documentos, burla por defraudação, associação de malfeitores e branqueamento de capitais.

Entre os 11 suspeitos, está o ex-chefe de Estado-Maior General das Forças Armadas Angolanas, Geraldo Sachipengo Nunda, constituído arguido neste processo. Estão em prisão preventiva, desde fevereiro deste ano, seis estrangeiros (quatro tailandeses, um canadense e um eritreu) e dois angolanos, que em 2017, tornaram público, em Luanda, um financiamento de 50 mil milhões de dólares para projetos de investimento no país.

Segundo Hélder Pitta Grós, outros casos de tentativa de burla ao Estado angolano "há bastantes", que estão sob investigação criminal.

"A seu tempo terão a sua conclusão e daí a ida ou não a tribunal, é um passo", avançou o magistrado.

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