De acordo com uma nota de imprensa tornada pública, o Ministério dos Transportes, liderado agora por Ricardo de Abreu, esclarece que fica sem efeito os actos praticados pela mesma comissão, no âmbito do seu mandato e refere que as sociedades que constituiriam o Consórcio Air Connection Express não tinham sido constituídas à data da referida comunicação, pelo que não poderiam celebrar o contrato anunciado a 05 de Maio deste ano.
Refere ainda que o contrato celebrado a 05 de Maio de 2018, com a Bombardier INC, teve como contraparte uma entidade de capitais privados, sem conexão com o operador aéreo doméstico que se pretendia constituir.
Lê-se ainda no documento que as empresas públicas que supostamente fariam parte do novo operador doméstico a constituir, não haviam sequer cumprido com os procedimentos e formalidades estabelecidas na Lei 11/13, de 03 de Setembro, Lei de Bases do Sector Empresarial Público, bem como, nos decretos nº 37/97 e 27/98, que aprovam os estatutos da TAAG, E.P e da ENANA, respectivamente.
Acrescenta que as duas empresas públicas, TAAG, E.P e ENANA E.P, citadas na nota de imprensa do Ministério dos Transportes publicada a 05 de Maio deste ano, não estavam vinculadas a qualquer compromisso para com a Bombardier, INC.
A 05 de Maio do ano em curso, o Ministério dos Transportes, naquela dirigido por Augusto Tomás, tornou público a assinatura de um contrato para a aquisição de seis (06) aeronaves do tipo Bombardier, modelo DH8-Q400, com custo de 198 milhões de dólares, rubricado pelo novo operador de transporte aéreo angolano, denominado Consórcio e o fabricante canadiano de aeronaves, Bombardier, INC.
TAAG reforça mercado regional em busca de lucro
A TAAG, Linhas Aéreas de Angola, poderá adoptar medidas "mais agressivas" no mercado regional, visando a sua rentabilização, afirmou hoje (quinta-feira), em Luanda, o Presidente do Conselho de Administração da companhia, José Kuvíngua
Em declarações à imprensa, no final da visita de trabalho de pouco mais de quatro horas do ministro dos Transportes, Ricardo de Abreu, as instalações do INAVIC e da TAAG, no Aeroporto Internacional 4 de Fevereiro, o responsável apresentou algumas propostas visando a rentabilização da companhia.
Para o PCA as medidas passam pela redução de custos, a transformação do produto TAAG em algo mais atractivo, “para permitir transportar mais passageiros e sermos mais agressivos, principalmente, no mercado regional e com isso alimentar as nossas rotas mais rentáveis que são as intercontinentais fundamentalmente Portugal e Brasil”.
Sobre o processo de adequação e ajustamento da força de trabalho às necessidades reais da transportadora, avançou que se limita a passagem à reforma, pelo facto da TAAG possuir presentemente pouco mais de três mil trabalhadores dos 1600 necessários.
Nesta primeira visita às instalações da TAAG e do INAVIC o ministro deixou algumas orientações, no sentido da melhoria das condições de trabalho e de alguns processos que devem ser adequados aos novos sistemas operacionais da companhia.
O ministro Ricardo de Abreu, que tomou posse como novo titular dos Transporte a 21 de Junho, já visitou os órgãos centrais do ministério e a Empresa Nacional de Exploração de Aeroportos e Navegação Aérea (ENANA).