Uma vez alcançado esse objectivo, o banco central introduzirá um “regime de flutuação administrada”, muito próximo da flexibilização solicitada às autoridades pelo Fundo Monetário Internacional.
Esta desvalorização da moeda, associada a uma nova dinâmica do mercado, impulsionada pela expansão económica (4,9%), o emprego e rendimentos disponíveis, variáveis que pressionam a procura e os preços para cima, fará com que a inflação acumulada prevista para 2018 se situe em 28,79%.
Esse desenvolvimento desarticula o equilíbrio entre os preços, elevando os custos da produção fabril, fortemente suportada por geradores alimentados a gasóleo bem como os fretes, com custos imputados aos consumidores, pelo que os preços deverão registar um aumento de seis pontos percentuais.
A Comissão de Política Monetária do Banco Nacional de Angola decidiu na sua última reunião de 2017 manter as principais taxas de juro de referência do mercado, nomeadamente a Taxa BNA em 18% ao ano.
A taxa de juro da facilidade permanente de cedência de liquidez a um dia foi mantida em 20% ao ano, a da facilidade permanente de absorção de liquidez foi mantida sem remuneração e o coeficiente das reservas obrigatórias sobre os depósitos em moeda nacional foi mantido em 20%.
O banco central angolano aumentou a Taxa BNA de 16% para 18% a 30 de Novembro de 2017, para travar a trajectória crescente da inflação, cuja taxa acumulada dos últimos doze meses situou-se em Novembro em 27,76%, contra 28,96% no mês anterior e 41,15% no período homólogo de 2016.
O Banco Nacional de Angola aumentou pela penúltima vez a taxa de juro directora em dois pontos percentuais, de 14% para 16% em 30 de Junho de 2016. (Macauhub)